A iniciativa de denunciar aconteceu recentemente, quando a fotógrafa estava na academia. Ela recebeu a notificação no celular de um perfil que estaria lhe seguindo no Twitter
A fotógrafa Eduarda Kopietz usou as redes sociais para denunciar a perseguição que sofre desde os 13 anos de idade, de um homem de aproximadamente 60 anos, que vive na cidade de Denise (a 210 quilômetros de Cuiabá).
O suspeito estaria perseguindo a jovem nas redes sociais desde que ela era adolescente. Desde então, ao menos dez perfis do homem já foram bloqueadas em redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter.
A iniciativa de denunciar aconteceu recentemente, quando a fotógrafa estava na academia. Ela recebeu a notificação no celular de um perfil que estaria lhe seguindo no Twitter. Ao perceber que se tratava do homem, que já estava bloqueado em outros perfis, ela procurou a Delegacia de Polícia de Nova Olímpia.
No entanto, não teria recebido o atendimento adequado. “Eu fui correndo para Delegacia. Chegando lá, conversei com uma mulher. Ela me orientou a voltar para casa e colher o máximo de provas possíveis de que ele é um perseguidor”, disse a jovem.
“Mesmo na Delegacia mostrando a quantidade de contas bloqueadas dele e de outras meninas que me mandaram, o delegado falou que se eu não quero ser incomodada em rede social, tenho que excluir”, afirma. “Isso me deixou aflita. Porque o lugar que eu fui procurar segurança, eu não fui ouvida como pensei que seria. Minha voz não foi escutada”, acrescenta.
Eduarda então foi para casa e fez um compilado de possíveis provas que irão ser anexadas no inquérito que irá investigar o caso. Ela também denunciou o episódio nas redes sociais e descobriu que o homem também perseguiu dezenas de mulheres da região.
“Não estamos sozinhas, todas nós sofremos, todas somos taxadas de louca. Vamos nos unir e colocar esse tipo de gente na cadeia. A gente não pode viver fugindo o tempo todo, se escondendo”, contou.
Ao saber da divulgação do caso, o suspeito teria ido até a casa vítima, que atualmente está escondida e com medo. “Eu desesperada, sentindo muito medo. Espero que a justiça seja feita. Eu tive que sair da minha casa porque estou morrendo de medo”, desabafou.